Skip links
Melasma

Melasma

No vasto campo da dermatologia, uma condição desafiadora entra em foco: o melasma. Este distúrbio pigmentar, muitas vezes originado de multi fatores genéticos e exposição solar, pinta a pele com manchas escuras que transcendem a mera estética. Nesta exploração aprofundada, examinaremos as raízes, manifestações e estratégias de tratamento para decifrar o melasma, buscando compreender suas complexidades e proporcionar informações úteis para aqueles que enfrentam essa condição dermatológica. Boa leitura!

O que é melasma?

O melasma é uma condição dermatológica caracterizada pelo surgimento de manchas escuras na pele, geralmente no rosto. Essas manchas são causadas pelo aumento da produção de melanina, pigmento responsável pela coloração da pele. O melasma é mais comum em mulheres e pode ser influenciado por fatores hormonais, exposição solar e predisposição genética.

Quais são as causas do melasma?

O melasma pode ser causado por uma combinação de fatores, e as causas exatas podem variar de pessoa para pessoa. Alguns dos principais fatores associados ao desenvolvimento desta condição incluem:

Exposição Solar Excessiva: A radiação ultravioleta do sol é um dos principais desencadeadores do melasma. A exposição excessiva sem proteção pode estimular a produção de melanina.

Fatores Hormonais: Mudanças hormonais, especialmente durante a gravidez (melasma gravídico) e o uso de contraceptivos hormonais, podem influenciar no seu aparecimento.

Predisposição Genética: A tendência a desenvolver melasma pode ser herdada geneticamente. Se membros da família têm melasma, há uma maior probabilidade de o indivíduo também desenvolver a condição.

Fatores Raciais e Étnicos: Pessoas com tons de pele mais escuros, especialmente aquelas com ascendência latina, asiática, africana, indiana ou do Oriente Médio, têm maior propensão.

Estimulação Hormonal: Alguns tratamentos hormonais, como terapia de reposição hormonal (TRH), podem desencadear o melasma em algumas pessoas.

Uso de Cosméticos e Produtos de Cuidados com a Pele: Certos produtos para a pele, especialmente aqueles que contêm ingredientes irritantes, podem contribuir para o desenvolvimento deste quadro em algumas pessoas.

É importante notar que a interação desses fatores pode variar, e muitas vezes múltiplos elementos estão envolvidos no surgimento do melasma. O diagnóstico e tratamento devem ser personalizados, considerando os diferentes aspectos que podem contribuir para a condição em cada indivíduo.

Quais são os tipos de melasmas?

O melasma é classificado em diferentes tipos com base em sua distribuição na pele e suas características. Os principais tipos de melasma são:

Melasma Epidérmico: Caracterizado por um aumento da pigmentação na camada mais superficial da pele, conhecida como epiderme. As manchas geralmente têm uma tonalidade mais escura.

Melasma Dérmico: Neste tipo, a pigmentação se estende para a camada dérmica mais profunda da pele. As manchas podem ter uma tonalidade mais azulada.

Melasma Misto: Combinação de características do melasma epidérmico e dérmico, afetando tanto a epiderme quanto a derme. Isso resulta em manchas que podem ter diferentes tonalidades.

A classificação do melasma é útil para orientar o tratamento, pois diferentes tipos podem responder de maneira distinta às opções terapêuticas. É importante que o dermatologista avalie o tipo específico de melasma de cada paciente para personalizar um plano de tratamento adequado.

Como saber se tenho melasma?

O melasma é caracterizado pelo surgimento de manchas escuras na pele, e suas principais características incluem:

Manchas Pigmentadas: O sintoma mais evidente são as manchas escuras que podem variar em tamanho e forma. Elas geralmente têm tonalidades de marrom, cinza ou azul.

Distribuição Simétrica: As manchas tendem a aparecer simetricamente, ou seja, em ambos os lados do rosto, maçãs do rosto, testa, nariz, lábio superior ou queixo.

Alteração na Cor da Pele: A pigmentação irregular resulta em áreas mais escuras em comparação com a pele circundante.

Aumento da Sensibilidade ao Sol: Pode ocorrer um aumento na sensibilidade da pele afetada ao sol, levando a um possível agravamento do melasma com a exposição solar.

É importante observar que geralmente é uma condição estética e não causa desconforto físico. No entanto, as alterações na aparência da pele podem ter impacto significativo na autoestima. O diagnóstico e tratamento adequados são fundamentais para abordar essa condição dermatológica.

Quais partes do corpo são afetadas?

O melasma pode afetar diversas partes do corpo, mas é mais comum nas áreas expostas ao sol. As regiões mais frequentemente afetadas incluem:

Rosto: O melasma é comumente observado nas áreas faciais, como bochechas, testa, nariz, lábio superior e queixo.

Áreas Perioculares: As áreas ao redor dos olhos, como as pálpebras e a região circundante, também podem ser afetadas.

Pescoço e Colo: O melasma pode estender-se para o pescoço e a região do colo, especialmente em casos de exposição solar frequente.

Antebraços e Mãos: Algumas pessoas podem desenvolver melasma nos antebraços e mãos, especialmente se essas áreas estiverem frequentemente expostas ao sol.

É importante observar que as áreas afetadas variam de pessoa para pessoa, e a exposição solar desprotegida pode influenciar a manifestação do melasma. O acompanhamento de um dermatologista é fundamental para diagnosticar e orientar o tratamento adequado, independentemente das áreas afetadas.

Existe classificação de gravidade para o melasma?

A gravidade pode ser classificada em diferentes graus, com base na extensão e intensidade das manchas na pele. A classificação de gravidade geralmente varia, mas uma abordagem comum é dividir em três categorias:

Leve: Neste estágio, as manchas são discretas e afetam uma área limitada da pele. A pigmentação é menos intensa, e as manchas podem não ser tão visíveis.

Moderada: Caracterizada por manchas mais extensas e pigmentação mais pronunciada. As áreas afetadas são mais visíveis, e o contraste com a pele normal é mais evidente.

Severa: Neste estágio, as manchas são extensas, escuras e podem cobrir grandes áreas da face. A pigmentação é intensa, resultando em manchas altamente visíveis.

É importante destacar que a gravidade do quadro pode variar entre os indivíduos, e a classificação pode ser subjetiva. Além disso, a avaliação da gravidade é uma parte importante do planejamento do tratamento, ajudando o dermatologista a determinar as melhores opções terapêuticas para cada paciente.

Melasma afeta homens e mulheres?

Sim, o melasma pode afetar tanto homens quanto mulheres. No entanto, é mais comum em mulheres, especialmente aquelas em idade fértil. Estima-se que cerca de 90% dos casos de melasma ocorram em mulheres. Os fatores hormonais, como a gravidez e o uso de contraceptivos hormonais, podem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento do Melasma.
Embora seja menos frequente em homens, o melasma ainda pode ocorrer, especialmente em casos associados à exposição solar excessiva. A predisposição genética e outros fatores, como o tipo de pele, também podem influenciar a ocorrência do melasma em ambos os sexos.

Como é feito o Diagnóstico?

O diagnóstico geralmente é realizado por um dermatologista com base na avaliação clínica da pele. O processo de diagnóstico pode incluir:

Histórico Médico: O dermatologista coletará informações detalhadas sobre o histórico médico do paciente, características das manhchas, exposição solar, uso de contraceptivos hormonais, gravidez e outros fatores relevantes.

Exame Clínico: Uma análise visual da pele afetada será realizada para identificar a presença de manchas escuras, padrões de distribuição e outras características do melasma.

Luz de Wood: Em alguns casos, o dermatologista pode utilizar a luz de Wood, uma luz ultravioleta especial, para examinar a pigmentação da pele de forma mais detalhada.

Dermatoscopia: A dermatoscopia é uma técnica que utiliza um dispositivo óptico para examinar a pele de forma ampliada, auxiliando na avaliação de padrões específicos.

Avaliação de Gravidade: O dermatologista pode classificar a gravidade do melasma com base na extensão e intensidade das manchas.

É importante comunicar ao médico qualquer mudança na pele, sintomas associados ou fatores que possam estar relacionados ao desenvolvimento do melasma. O diagnóstico preciso é crucial para orientar o tratamento adequado e personalizado para cada paciente.

Quais são os tratamentos ?

Os tratamentos dermatológicos para melasma abrangem uma variedade de abordagens, incluindo cuidados tópicos e procedimentos específicos. Dentre as opções disponíveis, destacam-se:

Cuidados Tópicos: A aplicação de cremes clareadores, como aqueles contendo hidroquinona, ácido glicólico ou ácido kójico, é uma estratégia inicial para reduzir a pigmentação.

Peelings Químicos: Peelings químicos, realizados por dermatologistas, utilizam substâncias químicas específicas para esfoliar a camada superficial da pele, promovendo a renovação celular e atenuando as manchas.

Luz Pulsada Intensa (IPL): A terapia com luz pulsada intensa pode ser empregada para direcionar áreas pigmentadas da pele, visando diminuir a pigmentação e melhorar a uniformidade.

Terapia a Laser: Tratamentos a laser, como o laser fracionado, têm como objetivo reduzir manchas escuras e estimular a produção de colágeno, melhorando a qualidade da pele.

Microagulhamento: O microagulhamento, realizado com um dispositivo que utiliza pequenas agulhas para perfurar a pele, pode estimular a regeneração celular e melhorar a aparência do melasma.

Procedimentos Combinados: Em alguns casos, dermatologistas podem optar por combinar diferentes modalidades de tratamento para abordar múltiplos aspectos do melasma e otimizar os resultados.

É importante ressaltar que a escolha do tratamento dependerá da avaliação individual do paciente, incluindo o tipo e a gravidade do quadro. A consulta com um dermatologista capacitado é essencial para determinar a abordagem mais eficaz e segura para cada caso.

Quais são os cremes para melasma?

Existem diversos cremes clareadores disponíveis para o tratamento do melasma, e a escolha pode depender das características individuais de cada paciente. Alguns dos cremes frequentemente prescritos por dermatologistas incluem:

Hidroquinona: A hidroquinona é um dos clareadores mais comuns e eficazes. Ela atua inibindo a produção de melanina na pele.

Ácido Glicólico: O ácido glicólico é um alfa-hidroxiácido que promove a esfoliação da pele, auxiliando na remoção de células pigmentadas.

Ácido Kójico: O ácido kójico é derivado de cogumelos e tem propriedades clareadoras, atuando na inibição da produção de melanina.

Ácido Ascórbico (Vitamina C): A vitamina C é conhecida por seus efeitos antioxidantes e pode ajudar a reduzir a pigmentação irregular.

Ácido Tranexâmico: O ácido tranexâmico, quando utilizado topicamente, pode ajudar a modular a pigmentação da pele.

Retinoides (Tretinoína): Retinoides, como a tretinoína, são derivados da vitamina A e têm propriedades que promovem a renovação celular, melhorando a textura da pele.

É fundamental que a escolha do creme seja feita sob orientação de um dermatologista, pois a eficácia pode variar de pessoa para pessoa, e o uso inadequado pode resultar em efeitos colaterais. Além disso, o tratamento pode envolver a combinação de diferentes ingredientes para abordar múltiplos aspectos do melasma.

Existe algum protetor solar para melasma?

Sim, a escolha de um protetor solar específico para quem tem melasma é crucial para proteger a pele da exposição solar e prevenir o agravamento das manchas. Algumas características importantes ao escolher um protetor solar para melasma incluem:

FPS Adequado: Opte por um protetor solar com um fator de proteção solar (FPS) adequado, geralmente acima de 30. Quanto mais alto o FPS, maior a proteção contra os raios solares.

Proteção de Amplo Espectro: Escolha um protetor solar que ofereça proteção de amplo espectro, abrangendo tanto os raios UVA quanto UVB.

Fórmula Livre de Comedogênicos: Prefira protetores solares não comedogênicos, especialmente se você tiver propensão a acne, para evitar o entupimento dos poros.

Cobertura Uniforme: Certifique-se de aplicar o protetor solar de maneira uniforme em todas as áreas expostas, prestando atenção especial às regiões onde o melasma é mais prevalente.

Resistência à Água: Se estiver propenso a transpirar ou entrar em contato com a água, escolha um protetor solar resistente à água para garantir uma proteção mais duradoura.

Componentes Clareadores: Algumas marcas oferecem protetores solares que também contêm ingredientes clareadores, como a niacinamida ou ácido kójico. Esses podem ser uma opção para complementar o tratamento do melasma.

Lembre-se de reaplicar o protetor solar a cada duas horas e após nadar ou transpirar. A consulta com um dermatologista pode ajudar na escolha do protetor solar mais adequado para o seu tipo de pele e condição específica de melasma.

O melasma tem cura?

O melasma, em muitos casos, pode ser controlado e os sintomas podem ser amenizados, mas é importante destacar que, em grande parte dos casos, não há uma cura definitiva. O tratamento visa principalmente reduzir a pigmentação da pele e prevenir recorrências.

As abordagens terapêuticas podem incluir o uso de clareadores tópicos, procedimentos dermatológicos como peelings químicos, laser e terapias combinadas. Além disso, medidas preventivas, como o uso regular de protetor solar e a evitação da exposição solar excessiva, são fundamentais para o controle do melasma.

É essencial que as pessoas afetadas por esta condição busquem orientação profissional de um dermatologista para desenvolver um plano de tratamento personalizado, considerando fatores como a gravidade, características individuais da pele e outros fatores de saúde. O acompanhamento contínuo e a adesão às práticas preventivas são essenciais para manter a condição sob controle ao longo do tempo.

Fatores de risco

Conheça alguns fatores de risco associados ao melasma:

Exposição Solar: A exposição prolongada e inadequada aos raios solares, especialmente sem proteção adequada, é um fator significativo no desenvolvimento do melasma.

Fatores Hormonais: Mudanças hormonais, como aquelas durante a gravidez, uso de contraceptivos hormonais ou terapia de reposição hormonal, podem desencadear ou agravar a condição.

Predisposição Genética: A presença de casos de melasma na família pode aumentar a predisposição genética de um indivíduo à condição.

Fototipos Mais Elevados: Pessoas com fototipos mais altos, ou seja, aquelas com tons de pele mais escuros, têm maior suscetibilidade para desenvolver o quadro.

Estresse: O estresse crônico pode desempenhar um papel no desencadeamento ou agravamento do melasma, possivelmente devido às alterações hormonais associadas ao estresse.

Uso de Cosméticos Fotossensíveis: Certos produtos cosméticos, quando combinados com a exposição solar, podem contribuir para o desenvolvimento do melasma.

Histórico de Inflamação Cutânea: Lesões ou inflamações prévias na pele, como acne, podem aumentar a propensão ao melasma.

Idade e Sexo: O melasma é mais comum em mulheres, especialmente durante os anos férteis, mas também pode ocorrer em homens e em diferentes faixas etárias.

Raça e Etnia: Algumas raças e etnias têm maior predisposição ao melasma, sendo mais prevalente em pessoas de ascendência latina, asiática, africana e do Oriente Médio.

A compreensão desses fatores é crucial para a prevenção e o gerenciamento eficaz do melasma, e a consulta com um dermatologista pode orientar estratégias personalizadas com base no perfil individual de risco.

7 erros que pioram o melasma

Aqui estão alguns erros comuns que podem agravar o melasma:

Exposição Solar Desprotegida: Não utilizar protetor solar diariamente ou negligenciar a reaplicação regular pode intensificar as manchas causadas pelo melasma.

Uso Inadequado de Clareadores: Utilizar produtos clareadores sem orientação médica ou em excesso pode causar irritação e piorar o melasma. A consulta com um dermatologista é essencial para o uso adequado desses produtos.

Falta de Cuidados com a Pele: Ignorar uma rotina de cuidados com a pele, incluindo a limpeza suave e a hidratação, pode comprometer a saúde da pele e influenciar negativamente o melasma.

Hormônios Descontrolados: Não abordar desequilíbrios hormonais pode contribuir para o agravamento do melasma, especialmente em mulheres durante a gravidez ou ao usar contraceptivos hormonais.

Estresse Excessivo: O estresse crônico pode desencadear alterações hormonais que afetam a pele, potencialmente exacerbando o melasma.

Falta de Consulta Médica: Evitar a busca por orientação médica pode resultar em escolhas inadequadas de tratamento e na ausência de um plano personalizado para abordar o melasma.

Procedimentos Não Supervisionados: Realizar procedimentos dermatológicos, como peelings ou lasers, sem a supervisão de um profissional pode causar danos à pele e piorar o melasma.

É crucial abordar o melasma de maneira holística, considerando fatores como proteção solar, cuidados com a pele, equilíbrio hormonal e tratamentos adequados sob a orientação de um dermatologista.

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Dra. Isabela Fioravanti, Médica Dermatologista na Clínica Fioravanti.

Fale conosco pelo WhatsApp